São Paulo recebe mostra afrofuturista ‘ID Corpos Negros’

A cidade de São Paulo recebe, de 15 de novembro a 14 de dezembro, a exposição “ID Corpos Negros”, do artista multimídia Achiles Luciano. A mostra ocupa o Complexo Cultural Oswald de Andrade, no Bom Retiro, e integra as celebrações do Novembro Negro, com entrada gratuita e visitação de terça a domingo, das 10h às 20h.

Reunindo dez obras inéditas, a exposição propõe uma imersão no universo do afrofuturismo e da ficção científica, explorando o encontro entre o analógico e o digital. As criações utilizam realidade aumentada, permitindo que o público interaja com as obras por meio de celulares e tablets. As ativações digitais ampliam a experiência visual e apresentam novas camadas de leitura sobre identidade, ancestralidade e tecnologia.

Segundo Achiles Luciano, o projeto nasce de uma inquietação antiga. “A mostra ‘ID Corpos Negros’ é o fragmento de um sonho que começa a se realizar. Nascido do meu fascínio por histórias de ficção científica, o projeto expressa uma inquietação antiga: perceber como a tecnologia, cada vez mais presente no nosso cotidiano, parece materializar aquilo que antes só existia nas páginas da imaginação. Com esse trabalho, proponho uma travessia visual que oscila entre o real e o digital, o lúdico e o surreal”, explica o artista.

Com mais de 30 anos de trajetória, Achiles é reconhecido por suas pesquisas em pintura, projeção e arte digital. O artista se destaca pelas performances de live painting e pelo uso do videomapping, tendo participado de projetos como a Bienal de São Paulo, o Museu Afro Brasil Emanuel Araújo, o Sesc e a Casa das Caldeiras.

A abertura oficial da mostra acontece no sábado, 15 de novembro, das 11h às 21h, com programação especial. Às 15h, a artista Paola Ribeiro apresenta uma seleção musical; às 17h, ocorre a JAM Session “Bahia Fantástica”, com ZEBB, EdBrass e Rômulo Alexis; e às 19h, o público confere a performance audiovisual AFF – Dispositivo Afrofuturista, com Achiles Luciano (visuais) e FELINTO (live PA), que também assina a direção musical da exposição.

“Nos anos 1990, minha expressão era essencialmente pictórica — eu só pintava. O audiovisual entrou timidamente na minha trajetória, começando em 2008 e 2009. Nesse período, enquanto pesquisava sobre arte digital, montei meu primeiro set usando o Tagtool, um software que permitia criar animações com joystick e realizar pinturas digitais ao vivo. Batizei essa experiência de ‘grafite digital’”, conta Achiles.

A exposição foi contemplada pela Lei Paulo Gustavo, no edital SP Cine 06/2023 – Criação de Obras com Realidade Aumentada em Audiovisual Expandido, com realização da PROTOLAB Cultural e apoio da SPCine, Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, Ministério da Cultura e CANVAS Audiovisuais.

Foto capa – Acervo Pessoal

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Criado por Jadson Nascimento

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