O Festival Sonora Bahia 2025 chega celebrando a força das compositoras e reafirmando o protagonismo feminino na música. A edição homenageia Margareth Menezes, cantora e atual ministra da Cultura, reconhecida nacional e internacionalmente por sua trajetória e contribuição fundamental para a renovação da música brasileira.
Realizado pela Avoar Arte e Cultura, o evento que iniciou no dia 9 de setembro, segue até 4 de outubro em três cidades baianas. A programação começou com um webinário online sobre profissionalização no mercado musical, nos dias 9 e 10/09, com Beatriz Almeida e Ivanna Tolotti. O cronograma segue com oficinas formativas presenciais em Ilhéus (17 e 20/09) e no Vale do Capão (30/09 e 4/10), além de shows em Ilhéus (19 e 20/09), Salvador (27/09) e no Vale do Capão (3 e 4/10). Os encontros ocuparão espaços de referência como o Theatro Municipal de Ilhéus e o Espaço Cultural da Barroquinha, em Salvador.
Segundo a curadoria do Sonora Bahia, homenagear Margareth Menezes neste ano significa reconhecer a trajetória de uma artista que inspira gerações e que hoje também ocupa um papel de liderança política e cultural no Brasil. “Margareth é uma artista que abriu caminhos para muitas mulheres na música. Sua obra e sua atuação pública são referências para nós e para o festival”, afirma Ive Farias, curadora e produtora cultural do Sonora Bahia.
A programação reúne artistas convidadas, compositoras selecionadas por edital e o tradicional microfone aberto nos três territórios. Em Ilhéus, sobem ao palco Brena Gonçalves e Màja; em Salvador, Eloah Monteiro, Alexandra Pessoa, Emillie Lapa e Natalyne Santos; já no Vale do Capão, as convidadas são Andréa Cathalá e Tereza Raquel. Além disso, novas vozes ganham espaço por meio de artistas selecionadas e apresentações no palco aberto.
Criado em 2016, em Minas Gerais, pelo olhar da musicista Deh Mussulini, o Sonora se consolidou como uma rede internacional dedicada a dar visibilidade às mulheres compositoras. Em nove anos de trajetória, mais de cinco mil artistas já se apresentaram pelo Brasil e em 15 países, totalizando 74 cidades participantes. A convocatória aberta, a curadoria compartilhada e a organização em rede permitem que produtoras locais mobilizem suas comunidades, criando espaços de troca e fortalecimento da cena musical em cada território.
Na Bahia, o Sonora já soma nove edições em Salvador, Ilhéus e no Vale do Capão. Desde 2016, mais de 150 compositoras baianas já passaram pelos palcos do festival, entre elas Larissa Luz, Juliana Ribeiro, Josyara, Jadsa Castro e Laila Rosa, além da banda Yayá Massemba. Ao longo dos anos, o evento também homenageou figuras históricas da cultura popular, como Dona Dalva Damiana e Mestra Aurinda do Prato, reforçando seu compromisso com a preservação da memória e da ancestralidade.
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