De 8 a 14 de setembro de 2025, Salvador recebe o FESTAC Ano 7 – Festival Estudantil de Artes Cênicas da Bahia, que ocupa o Teatro Sesc-Senac Pelourinho, o Teatro Martim Gonçalves, o Espaço Cultural Alagados e o Espaço Boca de Brasa Subúrbio 360°. Realizado pelo COATO Coletivo e pela COOXIA Coletivo Teatral, o festival traz como tema “Nada é Definitivo” e propõe reflexões sobre transformação, ancestralidade, resistência e criação no tempo presente. Com entrada gratuita e sessões acessíveis, reafirma a arte estudantil como espaço de criação coletiva. A curadoria é assinada por Danilo Lima, Luiz Antônio Sena Jr. e Marcus Lobo.
A abertura acontece no dia 8, às 19h, no Sesc-Senac Pelourinho, com o espetáculo “Um Milhão de Sonhos”, criado por estudantes do Teatro Eliete Teles (BA). A obra celebra a infância e a diversidade ao narrar a história de uma criança marcada pelo preconceito que encontra coragem ao reunir outras em defesa da diferença. Na ocasião, representantes dos coletivos realizam a fala oficial de abertura do festival.
No dia 9, às 10h, o Espaço Cultural Alagados recebe “O Filho de Mil Homens”, adaptação do romance de Valter Hugo Mãe, encenada por estudantes da Escola de Teatro da UFBA. Às 15h, no Subúrbio 360°, o espetáculo “Levante” reúne 29 jovens em palavras, corpos e tambores para denunciar o racismo e as opressões. Ainda no dia 9, às 19h, o Sesc-Senac Pelourinho apresenta “NUANÚ”, do Instituto de Formação em Arte (IFÁ – BA), que questiona estruturas de poder e propõe lutas coletivas.
No dia 10, às 10h, o grupo maranhense Narra(iz) apresenta “Bicho que Vira Gente, Gente que Vira Bicho” para estudantes do Colégio Estadual Dalva Matos. Às 15h, no Sesc-Senac Pelourinho, o monólogo “CAIS”, de Filipe Batista, cruza teatro, dança e música em uma jornada sobre amor, morte e ancestralidade negra. Às 19h, o Teatro Martim Gonçalves recebe “A Guerra dos Bichos”, montagem de estudantes da UNIRIO em formato de sátira política.


A Mostra de Cenas Curtas será realizada em 11 de setembro, às 19h, no Martim Gonçalves, com os trabalhos “Do(r)m cinco de Mãe”, de Dellen Azevedo (BA), sobre mulheres negras da periferia; “Recortes” (BA), que retrata infâncias invisibilizadas; “Rítmico” (MG), que reflete sobre algoritmos; “Palhacistite” (SP), sátira em linguagem de cabaré; e “Plantas Coreográficas” (BA), que investiga fluxos coletivos de corpos em movimento. Ainda no dia 11, às 16h, o Sesc-Senac Pelourinho apresenta “Hotel Jasmim”, com dramaturgia de Cláudia Barral e produção de estudantes da ETUFBA, com acessibilidade em audiodescrição.
No dia 12, às 15h, o Subúrbio 360° recebe “Arquivo 64/15 – Porões da Ditadura”, do Coletivo COATO, que revisita o período militar para dialogar com os desafios da democracia atual. Às 19h, o Martim Gonçalves exibe “Freak-Hop: Uma Auto-Autópsia”, adaptação de Frankenstein que relaciona a criatura a corpos dissidentes em busca de autonomia.
A programação do dia 13 começa às 16h, no Espaço Cultural Alagados, com a performance-ritual “A Terra Tudo Come”, evocando a ancestralidade afroindígena do povo caboclo sertanejo. Às 19h, o Martim Gonçalves recebe “Azimute”, montagem inspirada nos diários de bordo de Amyr e Tamara Klink, que reflete sobre gênero, hegemonia e narrativas familiares.
O encerramento acontece em 14 de setembro com duas montagens criadas por estudantes da ETUFBA. Às 10h, no Espaço Cultural Alagados, será apresentado “Sambei Você”, que transforma o samba em rito de memória e ancestralidade. Às 16h, no Martim Gonçalves, “GENNESIUS” celebra a poética circense e a trajetória do artista nordestino do sertão à cidade grande.
Foto: Diney Araujo