1º Salão de Fotografia do Recife destaca diversidade e inclusão

A lista dos selecionados para o 1º Salão de Fotografia do Recife, divulgada nesta semana, evidencia a inclusão na fotografia pernambucana. A iniciativa, idealizada pelo fotógrafo Ronald Cruz, contou com apoio da Secretaria de Cultura, da Fundação de Cultura Cidade do Recife e da Prefeitura, por meio do Sistema de Incentivo à Cultura (SIC). Ao todo, 78 candidatos concorreram a 15 vagas, escolhidas por uma comissão curatorial especializada.

Com 53,3% dos selecionados sendo mulheres cisgênero e 6,7% pessoas trans ou transgênero, Cruz celebrou o protagonismo feminino.“Dos 53,3% dos selecionados são mulheres cisgênero, superando a marca de 40% de homens cis. Outro dado importante é que 6,7% se identificam como pessoas trans ou transgênero. Aproveitando esse mês de março, quero destacar o protagonismo feminino. Essa presença das mulheres foi muito forte”, avaliou.

A equidade racial também foi um marco, com 60% de negros entre os selecionados. 

“Acredito que esses números refletem um compromisso concreto com a diversidade e a valorização de grupos historicamente marginalizados na fotografia. A seleção buscou garantir uma representatividade que dialogasse com a realidade da nossa cidade e da nossa produção artística”, afirmou Cruz.

Quanto às identidades LGBTQIAPN+, 66,7% dos selecionados pertencem à comunidade, incluindo 6,7% de travestis, rompendo barreiras históricas na arte. “Ver essa diversidade no Salão de Fotografia do Recife é um passo importante. A arte precisa ser um espaço de inclusão e de amplificação de vozes plurais. Esse resultado nos mostra que estamos no caminho certo para fortalecer a representatividade”, acrescentou o idealizador.

Os selecionados apresentam trajetórias diversas. Juliana Amara retrata a memória negra com afeto. Antônia Lacerda aborda vivências trans com olhar documental. Ayandson Melo registra a resistência em Brasília Teimosa, enquanto Ayla Obi mescla realismo fantástico e vivência de rua. Crysli Viana evoca o maracatu e a ancestralidade afro-brasileira. Dudu Silva homenageia os orixás com maquiagem e fotografia urbana. Emidio Freitas traduz a poesia dos gestos cotidianos. Ester Menezes, mulher Xukuru, apresenta infâncias indígenas pelo Brasil.

Anne Lírio (Fotransgrafia), travesti negra, homenageia Oxum no Coque. Henrique transforma espaços urbanos em arte. Luiz Felipe Bessa retrata trabalhadores invisíveis das águas urbanas. Max Rodrigues documenta a infância às margens do Capibaribe. Monie registra rituais da Jurema Sagrada. Paula Muniz destaca luta e leveza no cotidiano urbano. Vanessa Fernandes documenta palafitas e feiras populares do Recife.

A representatividade se amplia com 20% dos selecionados oriundos de povos e comunidades tradicionais, incluindo 6,7% de indígenas e 13,3% de pessoas de terreiro. “Estamos orgulhosos por essa representatividade de olhares. Mas, claro, acrescento que a inclusão de identidades trans, nesse processo, reflete uma quebra de paradigmas em um campo historicamente dominado por nós, homens. Ainda há muito a ser feito, mas é essencial reconhecer os avanços que conseguimos com essa seleção”, concluiu Cruz.

Os três melhores colocados receberão prêmios em dinheiro: R$2 mil, R$1,5 mil e R$1 mil, respectivamente. Além disso, o público escolherá um vencedor por votação popular, premiado com R$500. A data da votação será divulgada no Instagram do projeto. A abertura oficial do Salão está prevista para 26 de abril, com local e horário a serem anunciados.

Confira as fotografias dos(as) selecionados(as):

SELECIONADAS(OS)

1. AMARA | @julianaamara

Sobre a fotógrafa: AMARA é fotógrafa em Recife, graduada em Fotografia e pós-graduanda em Narrativas Contemporâneas pela UNICAP. Em 2019, iniciou sua formação técnica em Artes Visuais no IFPE, onde aprofundou seu interesse pela fotografia. Seu trabalho documental explora o cotidiano e questões sociais, provocando emoções, reflexões e resgates de memória. Suas imagens carregam vivências como mulher racializada e periférica, com olhar sensível e político.

Sobre as fotografias: As fotografias escolhidas foram feitas em regiões onde construí laços afetivos, lugares que marcaram minha trajetória. Elas revelam meu olhar para passado, presente e futuro, e o entusiasmo em registrar memórias felizes de pessoas negras. A fotografia é meu elo com a ancestralidade, um gesto de afeto e resistência. Construo uma memória ancestral feliz para o futuro, porque nossa história vai além da dor — ela também é feita de alegria, afeto e pertencimento.

*Conteúdos fornecidos pela(o) fotógrafa(o).

2. Antônia Lacerda | @ninahphotos_

Sobre a fotógrafa: Me chamo Antônia Di Guimarães, nasci em Teresópolis, no Rio de Janeiro, mas me mudei para Goiânia quando tinha apenas um ano de idade. Me mudei para o Recife em 2022, pois ingressei no curso de Cinema e Audiovisual da UFPE, o qual finalizo no ano que vem. Sempre apreciei fotografia, mas me apaixonei mesmo pela prática durante minha formação. Busco oportunidades para aplicar minhas habilidades em projetos criativos que contem histórias através de imagens.

Sobre as fotografias: As fotografias fazem parte do projeto “Transborda o Peito: Vivências Trans e Travestis no Recife”, realizado por mim. Nele, fotografo esse grupo de pessoas em suas casas ou ambientes de convivência e as entrevisto. A participante das fotografias selecionadas é Yuriel Santos, uma multiartista de Paudalho, residente do Recife, que atua como estilista, figurinista, ilustradora e modelo. Sua marca, YS, é um manifesto visual e têxtil que desafia padrões e ressignifica moda, gênero e identidade.

*Conteúdos fornecidos pela(o) fotógrafa(o).

3. Ayandson Melo | @ayandsonfoto

Sobre o fotógrafo: Sou Ayandson, tenho 24 anos e desde sempre me envolvi com artes visuais, especialmente design, fotografia e audiovisual. Acredito no poder da comunicação para criar narrativas e moldar positivamente imaginários. Valorizo iniciativas que aproximam jovens talentos da arte e da cultura, como o Salão, que fortalece a autoestima, amplia oportunidades e nos faz reconhecer nosso potencial criativo.

Sobre as fotografias: As fotografias foram feitas em Brasília Teimosa, comunidade negra e periférica do Recife, com forte cultura pesqueira e resistência à especulação imobiliária. O cenário é o Porto, espaço comunitário que conecta gerações e tem vista para o ‘Novo Recife’. O título reflete o histórico envolvimento dos moradores com o território. A imagem traduz esse sentimento: apesar das desigualdades visíveis, o pertencimento persiste, sobretudo entre as novas gerações, ligadas ao mar e à cidade.

*Conteúdos fornecidos pela(o) fotógrafa(o).

4. Ayla Obi | @ayla_obi

Sobre a fotógrafa: Ayla Obi (Recife, 1988) é negra, lésbica e periférica. Fotógrafa e cineasta, escreve e dirige obras de realismo fantástico, é educadora de audiovisual para juventudes periféricas e graduanda em Pedagogia – UFRPE. Celebra duas décadas profissionais e destaca na trajetória como diretora e roteirista os curtas, websérie e clipe: “Viver Distrai”, “Entre Pernas”, “Negras Porções”, “Sempre uma música”. Também assina a série fotográfica “Sabor de Sal” e está na pós-produção do novo filme “Guél Boy”.

Sobre as fotografias: “Sabor de Sal” é uma série de fotografias coloridas que culminou o trabalho que fazia como ambulante; vendia fotos e imprimia instantaneamente. O serviço era prestado nas praias do Pina e Brasília Teimosa, lugares majoritariamente de pessoas negras e periféricas. Meu foco era surpreender como mágica através da impressão imediata, e documentar os momentos de qualidade e beleza, expressando a autoestima das pessoas que buscavam encantar o cotidiano banhando-se de natureza, comida, amizades e música.

*Conteúdos fornecidos pela(o) fotógrafa(o).

5. Crysli Viana | @Crysliviana

Sobre a fotógrafa: Sou Crysli Viana, 20 anos, fotografo há um ano e meio. Minha trajetória se enraíza na cultura popular. Instruída desde criança pela minha avó, vinda da zona rural e radicada em Recife. A vivência com a cultura, especialmente a casa do Mestre Salustiano, moldou meu repertório cultural. Hoje, vejo meu trabalho artístico além da profissão: é uma missão de vida, conectada à minha ancestral.

Sobre as fotografias: Mulher trans na periferia: beleza e poder em meio à desigualdade. Núcleos vibrantes contrastam com a manipulação social, ressaltando força e crítica. A figura do maracatu simboliza os cortadores de cana, evocando ancestralidade como força vital. O Homem da Meia-Noite comemora 93 anos com cortejo inédito no Capibaribe, unindo Iemanjá, candomblé e carnaval pernambucano. A cultura ganha vida nas águas do Recife.

*Conteúdos fornecidos pela(o) fotógrafa(o).

6. Dudu Silva | @Dudusilva_cliques

Sobre o fotógrafo: Eu sou Dudu Silva, tenho 21 anos e sou Fotógrafo preto e periférico. Venho mexendo com fotografia desde criança, gostava muito de olhar o mundo com curiosidade e registrar! Fui crescendo e no final do ensino médio fiz um curso de fotografia e venho exercendo a fotografia na escola e desde então assumi a paixão pela fotografia em vida e profissional. Minha vida influencia muito no meu olhar fotográfico, as questões raciais e da sexualidade são características marcantes em minhas fotos.

Sobre as fotografias: Essas fotos foram produzidas em novembro de 2023 para o dia consciência negra, com intuito de homenagear minhas origens nas religiões de matriz africana que tive o prazer de reconhecer, foram maquiagens artísticas baseadas nos orixás do candomblé e umbanda, misturando ancestralidade com estilos de maquiagem urbana e pinturas de rosto com origem em tribos africanas. Os modelos são todos pessoas negras de tons do mais retinto ao mais claro, evidenciando a variedade da pele negra.

*Conteúdos fornecidos pela(o) fotógrafa(o).

7. Emidio Freitas | @emidio_freitas

Sobre o fotógrafo: Me chamo Emidio Freitas, tenho 28 anos e sou fotógrafo desde a adolescência. Já trabalhei com moda por um tempo, mas tenho como costume fotografar o cotidiano dos lugares do qual eu vou. também tenho o costume de escrever e já trabalhei com edição de vídeo, com foco em jornalismo.

Sobre as fotografias: As fotos que selecionei tiveram como base a ideia de que há uma história por trás, não apenas um exercício de composição e enquadramento. Tento capturar as nuances sentimentais que gestos naturais e a rotina diária podem esconder a uma vista grossa.

*Conteúdos fornecidos pela(o) fotógrafa(o).

8. Ester Menezes | @stressmenezes

Sobre a fotógrafa: Tenho 25 anos, sou uma mulher indígena de origem Xukuru, nascida em Recife. Com uma abrangente atuação como fotógrafa, artesã e pesquisadora, atualmente, estou imersa nas linguagens da antropologia visual, fotojornalismo e etnofotografia. Desde 2020, percorro o Brasil registrando a diversidade dos povos originários deste território, tendo documentado mais de 20 etnias indígenas distintas em minhas incursões fotográficas.

Sobre as fotografias: Essas fotografias são resultado da minha vasta pesquisa etnográfica, que engloba o resgate e o fortalecimento das identidades indígenas de diversas etnias do país, evidenciando que a cultura e costumes dos povos estão em constante transformação. Seguindo minhas próprias andanças e vivências em diversas aldeias, minha pesquisa propõe uma imersão nas tradições e memórias, nos afetos, no cotidiano das crianças e na individualidade de cada ser, mas também na construção coletiva e a participação comunitária. Nós, mulheres indígenas, muitas vezes somos marginalizadas e sub-representadas na mídia e na sociedade em geral. Por meio da fotografia, busco ampliar nossas narrativas, culturas e lutas, visibilizando nossas verdadeiras realidades.

*Conteúdos fornecidos pela(o) fotógrafa(o).

9. Fotransgrafia | @fotransgrafia

Sobre a fotógrafa: Anne Lírio Canuto, sou uma travesti negra, tenho 23 anos, nascida e criada no Coque, comunidade do centro de Recife. Faço parte do Revelar.si, coletivo de fotógrafas do coque, onde entendi que uma corpa travesti poderia sim estar atrás das câmeras e é com esse olhar forte e sensível que TRANSpasso as realidades dos mundos que me cabem. Idealizadora do selo “FOTRANSGRAFIA”, onde produzo e divulgo meus trabalhos enquanto uma travesti negra, fotógrafa, oriunda da periferia recifense que busca dar visibilidade às suas criações e potencializa outres artistas por meio das redes sociais. Artista desde muito jovem quando comecei a dançar e atuar, mas a fotografia se tornou uma ferramenta de comunicação poderosa para me tornar a protagonista da minha vida e que eu não seria só estatística. Atuando como Fotógrafa há 6 anos, pretendo continuar compartilhando meus olhares e conhecimentos por onde eu caminhar.

Sobre as fotografias: Ara wa r`ómi wà Yèyé Osun (Graças às suas águas temos vida, ô mãe Oxum), a fotografia apresentada foi capturada no dia da saída de yawô de Bruno de Oxum Ipondà, realizada no Ile Ase Omo Oba Itotofun, sob a orientação espiritual de Yalorixá Ana de Omolu e Babalorixá Marconi de Oxossi. O evento aconteceu no centro de Recife-PE, na favela do Coque/Joana Bezerra; a imagem transmite uma sensação de movimento, refletindo tanto a leveza quanto a força das águas de Oxum. Como na linda dança do ijexá, Oxum transforma a dor em riso, oferecendo a esperança de que, sempre, haverá amor. A fotografia revela a energia poderosa e transformadora da mãe Oxum, cuja presença nos ensina que a vida flui através das águas sagradas da deusa. Iyá Osún ma Gbé, Ela está entre nós: Esta fotografia foi capturada no Ilé Asé Omo Oba Itotofun, no dia da saída do yawô Bruno de Oxum. A imagem reverencia Oxum, que, antes de banhar seus filhos, lava suas joias, simbolizando o cuidado e a pureza. Oxum, que eleva as mãos para o alto, transforma as lágrimas em perfume para aqueles e aquelas que caminham com ela. Sua presença é um lembrete constante de amor, proteção e transformação espiritual.

*Conteúdos fornecidos pela(o) fotógrafa(o).

10. Henrique | @heenriqueft

Sobre o fotógrafo: Meu nome é Henrique, sou fotógrafo retratista de Recife, tenho 26 anos e, há 3 anos, estabeleci uma meta pessoal e profissional: conquistar os equipamentos que tenho hoje. Durante esse período, trabalhei em todos os shoppings de Recife, enfrentando alguns obstáculos, mas sempre com a certeza de que, no final, eu alcançaria tudo o que um dia desejei e sonhei. Sempre acreditei que os dias difíceis e desafiadores têm fim, assim como os dias gloriosos chegam para nos recompensar.

Sobre as fotografias: Eu sou apaixonado por ser de Recife e pela estética única que nossa cidade carrega. Na minha fotografia, busco explorar lugares que muitas vezes passam despercebidos, mas que têm tanto a oferecer. Tá na nossa esquina? Então, por que não aproveitar? Eu gosto de misturar um estilo urbano com muito conceito, adicionando uma pitada de moda e, claro, muita personalidade. Transformo espaços que, para muitos, podem parecer comuns, mas para mim são momentos artísticos e, muitas vezes, profundamente representativos.

Fotografia 01: Meu cachimbo é a minha sorte, 2024.

*Conteúdos fornecidos pela(o) fotógrafa(o).

11. Luiz Felipe Bessa | @imagensbessa

Sobre o fotógrafo: Aquariano, de 29 anos, um profissional apaixonado pela cultura popular e periférica. Com raízes em projetos sociais, atua como fotógrafo, cineasta e produtor audiovisual, focado em cultura popular e artes no Recife e Pernambuco. Atualmente, aprimora seus conhecimentos em produção publicitária e marketing digital, com um portfólio diversificado que inclui ensaios fotográficos, direção e produção de conteúdo para a web. Em busca constante de crescimento no universo audiovisual.

Sobre as fotografias: Essa série de fotos, “Sobrevivente das Águas Urbanas” retrata um pescador conduzindo seu barco a motor pelas águas que cortam a cidade. Trabalhador invisível, enfrentando a maré, o tempo e a dureza da vida. Um convite à reflexão sobre quem são as pessoas que mantêm a cidade viva, mesmo sem serem vistas. É sobre os que fazem do rio sua estrada, do barco sua casa, da pesca seu sustento.

Fotografia 01: Sobrevivente das Águas Urbanas, 2025.

Fotografia 02: Sobrevivente das Águas Urbanas, 2025.

*Conteúdos fornecidos pela(o) fotógrafa(o).

12. Max Rodrigues | @maxfotoretrato

Sobre o fotógrafo: Max Rodrigue é fotógrafo desde 2012, especializado em retratos artísticos e apaixonado por fotografar pessoas nas ruas. Com a essência do fotojornalismo em seu olhar, trabalhou por 5 anos como repórter fotográfico no portal Farol de Notícias. Há 3 anos, compartilha seu conhecimento como professor na Escola Pernambucana de Fotografia.

Sobre as fotografias: A infância é liberdade—mergulhos no Rio Capibaribe, pés descalços, sonhos altos como os pulos dos meninos. Meu olhar captura essa essência pura, onde cada gesto carrega poesia. O preto e branco destaca texturas, luz e movimento, eternizando momentos. Aqui, pular vira voo, a boia é um refúgio, e contemplar no alto revela um mundo de possibilidades. “A Infância” não só retrata crianças, mas nos lembra o que é ser uma.

*Conteúdos fornecidos pela(o) fotógrafa(o).

13. Monie  | @monie.ft

Sobre a fotógrafa: Sou fotógrafa documental autodidata, me dedico à fotografia desde 2018. A vontade de registrar nasceu da necessidade de expressar minha ligação com a religião e espiritualidade, fundamentada na prática da Jurema Sagrada. Desenvolvo uma relação profunda com a tradição espiritual, e nos rituais dentro do terreiro encontro inspiração. Meus registros capturam momentos significativos, onde se destaca a importância dessas práticas. Procuro salvaguardar momentos esquecidos e preservar a identidade do povo de terreiro.

Sobre as fotografias: Busco transmitir em meu trabalho a essência da cultura, espiritualidade e conexão com o sagrado. Cada foto captura momentos de fé, tradição e o dia a dia de pessoas envolvidas nas práticas ancestrais. Busco mostrar beleza, história, força e resistência através das diversas fotos, uma delas é o dia de Reis.  Fotografar pra mim vai além do guardar — é sentimento e identidade.

*Conteúdos fornecidos pela(o) fotógrafa(o).

14. Paula Muniz | @pmzzz

Sobre a fotógrafa: Nascida em Recife, Paula Muniz, começou sua jornada na fotografia cedo trabalhando para Francisco Brennand aos 15 anos após ter feito um curso técnico de fotografia no Senac. Aos 17 anos, após completar o ensino médio, se mudou para São Paulo para fazer o Bacharelado de fotografia que durou do ano 2008 até 2012. Em 2014, foi para Nova York onde desenvolveu um trabalho sobre hip-hop, cultura e fotos do cotidiano no Brooklyn. Sempre teve grande empatia pela comunidade negra e é o que mais predomina no trabalho de Paula Muniz. Para Paula, existe uma força e uma beleza inexplicável que vai muito além da cor a ser registrada por estas pessoas e isso é que chama atenção. Atualmente, Paula Muniz está morando em Recife e desenvolvendo um projeto chamado “Desistir nunca foi o plano”.

Sobre as fotografias: Este projeto realizado recentemente por, Paula Muniz, se chama “Desistir nunca foi o plano” e é baseado numa tatuagem no pescoço de um entregador de delivery de comida. A proposta é mostrar retratos de variedades de pessoas, que estão na luta, em busca de algo mas ao mesmo tempo leveza e superação, que nos deparamos na rua no nosso cotidiano, sem esquecer de ressaltar a beleza de cada indivíduo e que a luta do cotidiano tem.

*Conteúdos fornecidos pela(o) fotógrafa(o).

15. Vanessa Fernandes | @nesssa.frnds

Me chamo Vanessa Fernandes, tenho 25 anos e sou natural do interior do Rio Grande do Norte. Atualmente resido em Recife, cursando Cinema e Audiovisual na Uniaeso, em Olinda. Atuo como fotógrafa desde 2022, com foco em fotografia documental, com experiência também em fotografia de eventos e ensaios.

Sobre as fotografias: As cores de Recife é uma fotografia tirada em meio a feira de domingo. Nela percebe-se o trabalhador em meio às pessoas e o ângulo que reforça a visão de quem o vê de baixo para cima.  A fotografia Palafitas representa uma moradia da Comunidade do Bode e mostra os aspectos arquitetônicos e a singularidade do espaço. A fotografia A família e o Rio mostra a realidade das famílias que residem em casas de palafitas, o seu cotidiano e a sua singularidade.

Fotografia 01: Palafitas, 2023.

Fotografia 02: A família e o rio, 2023.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Criado por Jadson Nascimento

Contatos

Salvador - BA
71 9 8618-8303
Email: portaldiaspora1@gmail.com

Seja avisado dos nossos conteúdos pelo email

© 2022 DIASPORA Todos os direitos reservados.